Há dias em que acordo com um humor péssimo em que só me apetece mesmo partir alguma coisa.
Há pessoas que dizem que eu sou fria, provavelmente pela imagem que eu passo mas a realidade é que eu não sou fria nem insensível muito pelo contrário, eu sofro tanto ou mais que os outros em diversas situações, eu sei que por fora mantenho uma cara séria e raramente choro em público mas por dentro posso estar um desastre e quando chego a casa é que tudo sai para fora. É a minha maneira de agir, não sei porque é que o faço, só sei que em casa perto daqueles que me conhecem bem é que as emoções ficam á flor da pele, lá fora parece que fica tudo um pouco guardado lá dentro a descansar.
Já não me reconheço, sinto que a minha personalidade, o meu carácter está a mudar, é algo que já vem a acontecer há alguns anos mas agora está a acentuar-se, perdi algumas qualidades mas ganhei outras, o meu perfeccionismo aumentou, a minha intolerância a certas atitudes cresceu... basicamente aquilo que eu sou está a vir ao de cima, quando era mais nova escondia-me na minha concha e ficava calada mesmo não gostando do que os outros diziam, tinha vergonha de expressar a minha opinião e de me defender de certas palavras... mas sempre ouvi dizer: "... com a idade mudas...", e tinham razão porque agora não tenho vergonha de expressar a minha opinião nem de me defender perante o que os outros dizem de mim, acho que tenho esse direito e não me devo importar com o que dizem... porque é que me haveria de importar se são pessoas passageiras na minha vida, que nunca fizeram nem nunca vão fazer parte dela e se dizem mal e se criticam... óptimo, porque isso quer dizer que prestam a atenção a todos os meus defeitos, a todos os meus deslizes e no fundo só por causa disso até devo ser importante, porque se não fosse limitavam-se a ignorar, que é o que eu faço quando não quero saber de alguém.
Estou tão cansada que certas pessoas se metam na minha vida, é preciso começar o Setembro para virem com perguntas sobre o meu futuro, irrita-me porque a pessoa em causa nem sequer se importa comigo, só quer é coscuvilhar e tenho quase a certeza que até fica com uma pontinha de felicidade com a "desgraça" dos outros!
É insuportável mas este ano eu reagi de maneira diferente em relação ao ano passado porque quase nunca a vejo por isso as conversas eram sempre por MSN, e este ano não foi excepção por isso foi muito fácil, simplesmente apaguei o contacto... é certo que ela ainda tem o meu e por isso cumprimentou-me mas eu nem sequer disse nada, limitei-me a fechar a janela porque eu sei muito bem o que é que vinha dali e já não tenho paciência, conheço-a desde o primeiro ano, nunca fomos amigas mas davamo-nos, ela não tinha amigos e por isso passava os intervalos sozinha e com o passar dos anos tornou-se mais simpática mas nunca deixou de se armar em esperta e de ter a mania que sabe tudo por isso passávamos alguns intervalos juntas, trocávamos ideias e foi assim até ao fim e quando acabou não fiquei com saudades nenhumas, por isso escusa de vir com "bocas" e com conversinhas em que ela é a estrela porque vai pelo mesmo caminho.
Ás vezes gostava de voltar atrás para aproveitar certos e determinados momentos que não tiveram o valor que mereciam.
Sinto falta da confusão, das gargalhadas, da ansiedade, dos abraços... de tudo.
Houve tanta coisa que podia ter sido diferente, gostava de lhe ter dito o quanto eu gostava dele, o quanto ele me fazia rir e que quando estava ao pé dele tudo á minha volta desaparecia.
Agora o que resta são memórias e sentimentos que vão sendo apagados com o passar do tempo.
Eu acho uma piada quando ouço raparigas entre os 12, 13, 15 anos a dizerem umas ás outras que estão desejosas de chegar aos 18 anos para saírem e voltarem ás horas que quiserem, para comprarem as suas próprias coisas, enfim, esse tipo de conversa.
Eu por acaso nunca pensei muito nisso, não sei explicar, mas para mim o facto de ter 18 anos significava que eu já era adulta legalmente e que tinha mais responsabilidades, só isso.
Se virmos bem, não é por terem 18 anos que elas vão poder voltar ás horas que quiserem porque uma vez que vivem em casa dos pais, eles é que ditam as regras, pelo menos na minha casa sempre foi assim e também não é por terem 18 anos que podem comprar coisas que dantes não podiam porque supostamente o dinheiro que elas têm são os pais que lhos dão, a não ser que estejam a trabalhar... mas com a situação do país, eu duvido.
Associam os 18 anos a liberdade, mas eu acho que a liberdade vai-se tendo aos poucos conforme vamos crescendo, não acontece de um dia para o outro quando passamos de 17 para 18.
Acho que vou deixar de sair a partir das 4 horas porque parece que uma certa e determinada pessoa decide sair a essa hora e andar pelos mesmos locais que eu ando.
Ele estava no passeio contrário e eu tinha-o visto, fiz de contas que não reparei nele e segui caminho, fiz aquilo que tinha a fazer e no caminho de volta fiquei indecisa se mudava de passeio para me cruzar com ele ou se ia pelo mesmo passeio em que vim. Ora estava tanta gente no passeio em que eu estava que eu dei por mim a mudar para o outro mas sempre na ideia de mudar para o outro passeio para evitar encontros, mas infelizmente havia uma parte de mim que queria mesmo muito cruzar-se com ele e enquanto tentava resolver a situação apercebi-me que já estava quase ao pé dele, é claro que não houve nenhuma conversa, foi só um sorriso de passagem e um olá mas mesmo assim deixou-me mal-humorada para o resto do dia.
Resolvi fazer uma reflexão sobre este ano e tirar uma conclusão para ver se chego a algum lado :).
Se bem me lembro o meu ano não começou da melhor maneira, houve problemas, confusões, discussões e etc até Maio, depois de Maio as coisas acalmaram.
Em Junho fiz anos e de certa maneira o facto de fazer 18 anos mexeu comigo, não sei explicar porquê, mas senti-me talvez mais livre e mais responsável pelas minhas acções, foi também em Junho que acabei o secundário e que comecei uma nova etapa da minha vida. A partir daí a minha vida estabilizou, atingi alguns dos meus objectivos, os outros estão guardados para o próximo ano.
Conclusão: Apesar de ter sido um ano difícil ao ínicio, eu aprendi muito tanto a nível psicológico, como físico e também a nível emocional, ultrapassei limites que não deviam ter sido ultrapassados, ultrapassei obstáculos que na altura pareciam impossíveis de ultrapassar, mas isso tudo levou-me a este momento, o momento em que eu olho para trás e vejo tudo aquilo que eu fiz de certo ou errado, por isso posso ter começado mal mas vou acabar bem de certeza!
... como há pessoas tão cínicas!
Mandam bocas com a maior das facilidades e depois vêem numa de benfeitores
todos simpáticos e amiguinhos.
Posso dizer que a pessoa em causa para mim já está "morta", já aguentei muitas bocas dela ao longo dos anos e cheguei a um ponto em que me estou nas tintas para o que ela pensa, além de ter a mania, é malcriada, estúpida e não tem noção nenhuma das figuras ridículas e tristes que faz.
Hoje sinto-me completamente furiosa, capaz de despedaçar a primeira pessoa que me aparecer á frente!
É um longo caminho que tem que ser feito através de uma estrada esburacada. Tento esquecer o que está para trás, só quero seguir em frente e apagar da minha memória os anos em que a falsidade, a inveja e a traição andavam á minha volta.
Destruí e fui destruída, o único objectivo era chegar ao topo e reclamar o "prémio", que afinal depois de ser reclamado não se mostrou nada de especial, nada de extraordinário e então eu penso: "Para quê tanta luta? Para quê tanto esforço?" Mas depois logo de seguida digo a resposta: "Senão tivesse lutado, se não tivesse destruído, se não me tivesse esforçado, nunca o teria tido, nunca saberia que afinal ele não é aquilo que toda a gente espera...".
Mesmo assim depois de ter dito que ele não valia a pena, ainda havia gente que o queria, que estavam dispostas a serem magoadas só para terem o que eu tive.
. Why do you care so much a...
. Past
. ...
. Sometimes losing is bette...