Domingo, 15 de Setembro de 2013

Pai

Sinto a necessidade de expressar, de falar sobre aquilo que me vai na cabeça neste preciso momento e isso começa com uma parte da minha vida que eu ainda não contei aqui. Não é nada de especial, tenho a certeza que muitas pessoas têm ou tiveram uma situação familiar semelhante à minha.

Sempre tive uma vida normal e posso dizer que até hoje sempre tive tudo aquilo que quis, os meus pais sempre fizeram os possíveis e impossíveis para não me faltar nada mas durante este tempo todo o meu pai sempre foi um pouco ausente derivado ao seu emprego, durante 14 anos foi gerente de uma multinacional e como tal não lhe sobrava muito tempo para estar com a familia, ele adorava aquilo que fazia e por isso deixou-se embrenhar tanto no seu trabalho que apesar de dar tudo à sua família em questões materiais, falhava um pouco no sentido de não nos dar a sua presença: muitas vezes não jantava em casa, não tinha um horário definido e como as lojas que geria estavam sempre em centros comerciais, tinha que ficar até à hora do fecho para garantir que tudo estava em ordem, passavam-se semanas e ele não tirava uma única folga e fazia isto por alta recriação porque a empresa na altura não lhe pagava esses dias, eu tinha que andar a pedinchar para passar algum tempo com ele por telefone ou então escrevia em papelinhos (isto quando já sabia escrever alguma coisa) e deixava na mesa de entrada, tinha direito a duas semanas de férias e só tirava uma e quando chegava a hora de supervisionar a montagem de lojas novas (algo que demorava cerca de 2 semanas) chegava sempre por volta da madrugada em casa e nesse espaço de tempo eu lembro-me que dizia à minha mãe que já não me lembrava bem da cara do meu pai. Eu cresci assim neste ambiente em que a minha mãe o chamava constantemente à atenção mas nada mudava e como tal o meu pai perdeu grande parte do meu crescimento, por isso, por volta dos 9 até aos 12 anos, passei por aquela fase chata da pré-adolescência e tornei-me assim um pouco "revoltada" e dirigia toda a minha agressividade para ele e o mais engraçado é que eu nem sequer sabia, e ainda hoje não consigo explicar exactamente o porquê dessas minhas atitudes... a minha mãe diz que eu reagia assim por causa do facto de ele estar sempre ausente mas eu acho que é uma estupidez reagir assim por causa disso porque há imensa gente com situações similares e/ou piores e não reagem assim... mas entendo que não somos todos iguais.

Por volta dos meus 14 anos, o meu pai perdeu o seu emprego e viu-se obrigado a emigrar para outro país e isto foi algo que abalou muito a nossa família, falavámos todos os dias ao telefone mas não nos vimos durante o primeiro ano porque o dinheiro não dava para a viagem e enquanto a minha mãe chorava e desabafava eu dizia que já estava habituada a não o ter por perto e que podia simplesmente imaginar que ele continuava com o seu horário não definido mas no fundo até me importava um pouco, simplesmente aprendi a pôr isso num canto.

Já lá vão oito anos e o meu pai continua fora do país, costuma vir a Portugal no Natal e nos meus anos, eu e a minha mãe continuamos por cá por causa dos meus avós que já têm alguma idade e precisam de alguém que olhe por eles e também porque eu ainda estou a estudar, durante estes 8 anos aconteceram muitos altos e baixos e num desses "baixos" cheguei a ter uma depressão ligeira que afectou a minha saúde, para além disso, a vida também nos pregou outras partidas que nos abalaram. 

Actualmente posso dizer que a minha relação com o meu pai é um pouco distante, ele de certa forma parou no tempo e continua a ver-me como uma menina pequena e eu não sei lidar com ele quando ele está por perto: distancio-me e quando ele quer envolver-se mais na minha vida eu afasto-o com as minhas palavras frias e logo a seguir arrependo-me imenso daquilo que disse mas parece que a palavra "Desculpa" fica-me presa na garganta e por isso não sai. No fundo acho que são essas alturas em que aquela miúda de 11, 12 anos sai para fora e tenta controlar a situação à sua maneira, ou seja, da forma mais estúpida, egoísta e infantil que existe e o pior é que eu não sei como acabar com estas situações que só causam tristeza e mágoa porque afinal de contas, não é com ele que eu não sei lidar.... mas sim comigo mesma quando ele está presente.

Por isso, escrevo aqui aquilo que eu nunca consigo dizer-lhe cara a cara: Desculpa pai, por ser estúpida, arrogante, egoísta, infantil e mal-criada quando tudo aquilo que fazes é para o meu bem-estar e eu simplesmente não consigo demonstrar o quanto eu gosto de ti e o quanto eu sinto a tua falta, posso não me lembrar que tenho saudades tuas todos os dias porque tento pôr isso de lado e guardo esse sentimento numa gaveta bem funda mas quando sinto, vem assim de repente e é avassalador. Obrigada por seres paciente, por me fazeres as vontades mesmo nas alturas mais críticas e quando eu menos mereço e apesar de não estares sempre presente eu sei que posso sempre contar contigo.

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publicado por Susan às 18:58

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Domingo, 4 de Agosto de 2013

...

Ultimamente a minha vida tem sido assolada por situações complicadas: problemas familiares, uma operação eminente e ainda a pressão que se avizinha do último ano da faculdade. Sinto-me mesmo muito frustrada e por isso dou comigo com imensa vontade de desatar a chorar... parece que estou num túnel escuro em que não há uma réstia de luz e eu não posso fazer nada senão continuar a andar, basicamente sinto-me impotente perante isto tudo.

Só quero que esta fase passe o mais depressa possível para um dia poder olhar para trás e poder respirar de alívio. 

publicado por Susan às 13:38

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Domingo, 21 de Outubro de 2012

Só quero um pouco de paz...

Ás vezes só me apetecia desaparecer para algum sítio onde não houvesse ninguém nem nada que me aborrecesse porque actualmente isto anda numa roda viva e eu só queria um pouco de sossego.

Olho para as minhas amigas e às vezes gostava de ter as preocupações delas, namorados que não prestam, pais que não as deixam sair sempre que querem, etc, preferia mesmo ter essas preocupações porque são coisas normais para a idade em que nos encontramos, as minhas preocupações são muito mais graves e desgastantes e não me deixam pensar como deve ser. 

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publicado por Susan às 14:07

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Terça-feira, 5 de Junho de 2012

Parabéns... a mim mesma

 

5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente e por mero acaso também é o meu dia, faço 21 aninhos mas como sempre sinto-me como uma criança (acho que isso nunca vai passar).

Para começar bem o dia tive que apresentar um trabalho que por sinal pertence à disciplina mais complicada e o professor também não é dos mais beneméritos, mas pronto até que correu bem e o meu grupo teve melhorias significativas em relação ao último trabalho.

A manhã passou bastante depressa, várias pessoas vieram dar-me os parabéns porque uma das minhas amigas fez o "favor" de andar a espalhar a notícia, almocei com os meus pais e com os meus avós (não há melhor companhia) apaguei as velinhas e pedi um desejo (é claro que não vou dizer qual é) e pronto, cheguei a casa e fui direita ao Facebook ver se aquela determinada pessoa tinha dito alguma coisa, apareceram várias publicações a dizer "Parabéns" e etc, mas não havia nada dele, até que reparei que ele estava online e esteve assim durante algum tempo, pensei para mim mesma:"É mesmo um traste, sabe que eu faço anos porque a porcaria do Face escarrapacha aquilo na frente de todos e nem sequer se dá ao trabalho de dizer alguma coisa..." - Dito isto, aparece uma notificação: ele tinha acabado de me dar os parabéns. :)

Concluindo o dia foi bom/normal e já está a acabar e como amanhã é dia de trabalho eu tenho é que ir preparar as minhas coisas. 

publicado por Susan às 20:38

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Segunda-feira, 20 de Junho de 2011

Actualizações

Tenho andado desparecida por estes lados porque estou a preparar as coisas para a minha entrada na faculdade e isso ocupa-me a mente e o tempo, até me esqueci de contar como foi o meu aniversário que foi no dia 5.

 Foi um dia muito bom, almocei com a minha familia, o meu bolo de aniversário foi super especial, tinha dois gatos feitos em massa pão mesmo em cima do bolo, ficou tão giro!

Diverti-me, recebi como presentes: dinheiro, roupa, colares, pulseiras e o DVD Back To Basics: Live And Down Under da Christina Aguilera, o meu pai teve um trabalhão a encontrá-lo... mas devo dizer que o concerto é fabuloso, adorei!!!!!

E foi assim, agora tenho 20 anos mas continuo a sentirm-me como uma autêntica adolescente! :)

publicado por Susan às 21:14

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Segunda-feira, 18 de Outubro de 2010

Há coisas que eu simplesmente...odeio

 

Se há coisa que eu detesto é o facto de certas pessoas me darem como garantida, pensam que só eles é que têm vida social, só eles é que saem para se divertirem... os outros são uns coitadinhos que estão sempre em casa e cito: "são muito caseiras". Para já eu não sou "caseira" se a pessoa em causa me conhecesse calava-se logo em vez de dizer asneiras pela boca fora porque eu gosto de sair, para mim não há nada melhor do que uma boas compras, mas como é lógico eu não passo todos os meus dias a passear porque tenho coisas para fazer em casa, tenho trabalhos para fazer, estudos para por em dia, a minha vida não é só diversão... e a deles também não é porque passam a vida a queixar-se e fazerem-se de vitimas mas o sentido de diversão para estas pessoas é igual a noitadas e copos, já disse e volto a dizer que não sou adepta de noitadas em bares nem de álcool, todos temos gostos diferentes certo?     

Deviam era comecar a concetrarem-se nas suas vidinhas porque que eu saiba também não são nada de especial, gastam todo o dinheiro que ganham e não juntam nada e já estão na camada dos 30 para cima por isso deviam era concentrar-se no futuro deles porque por este andar vão continuar na mesma pasmaceira.

 

 

P.S - Agora imaginem lá, aturar estas pessoas umas quantas vezes por ano... só porque são família.

É enervante e eu já não tenho paciência. 

publicado por Susan às 20:46

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Quarta-feira, 29 de Setembro de 2010

6 de Abril de 1999 - 29 de Setembro de 2010

Estou a escrever este texto com uma vontade imensa de chorar porque foste tão importante para mim, foste mais do que um animal de estimação... foste um membro da nossa família, uma irmã para mim e trouxeste alegrias incomparáveis a esta casa.

Foram 11 anos de partilha tanto de alegrias como de tristezas e eu sei que estes últimos quatro anos foram um esforço para ti... para conseguires passar mais algum tempo connosco, tempo esse que aproveitámos até ao ultimo momento dando-te todo o comforto, o amor, carinho e tratamento que precisavas, mas sabíamos que a tua hora ia chegar um pouco mais cedo do que o habitual... eu tentava não pensar nisso porque era impossível pensar num futuro sem ti, por isso quando percebemos que já não havia mais nada a fazer eu senti um vazio enorme, uma sensação de desespero, de tristeza... eu queria ver-te melhor a todo o custo mas no fundo eu tinha algo que me alertava para o caso de isso não acontecer, então fui-me mentalizando e agora já não custa tanto, é claro que vêem-me as lágrimas aos olhos quando vejo as tuas fotografias ou os teus vídeos mas eu sei que foste feliz e que agora estás a descansar em paz, tu mereces isso mas também sei que estarás sempre connosco aqui em casa e é isso que me faz sentir um pouco melhor.

Tenho TANTAS saudades tuas que tu nem imaginas, queria ver-te na janela a apanhar sol, queria dar-te montes de beijinhos e festas, queria tanto ouvir o teu miar agora mesmo... queria ver-te Tina, queria era que tudo voltasse ao normal como antigamente mas como este é o ciclo da vida eu tenho que aceitar.

 

Beijinhos Tina, nunca te vou esquecer para o resto da minha vida, minha querida e eu sei que este não é o nosso fim... :)    

publicado por Susan às 20:00

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Quinta-feira, 12 de Agosto de 2010

30 Days of Challenge - Day Thirtheen: Favourite Memory

Memórias favoritas é o que eu tenho mais mas a maior parte é sobre a minha infância, porque quando somos crianças vemos as coisas com outros olhos.

Uma das minhas memórias favoritas é quando eu tinha uns 5 anos( mais ou menos) e mascarei-me de Branca de Neve para o Carnaval, sei que me diverti bastante nesse dia, corri muito pela rua fora, deu vários passeios, enfim, foi um dia muito bom.

publicado por Susan às 10:36

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Quarta-feira, 11 de Agosto de 2010

30 Days of Challenge - Day twelve: Where Your Family Is From

 

A minha família tanto da parte do meu pai como da minha mãe são portugueses mas apesar disso nasceram em sítios diferentes.

A família da minha mãe é originária de Cascais.

 

 

A família do meu pai também é portuguesa mas o meu pai e a minha tia nasceram na Índia, em Bombaim.

publicado por Susan às 17:00

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Quarta-feira, 28 de Julho de 2010

...

Há coisas que são impossíveis de guardar a sete chaves e fingir que não aconteceram. Ultimamente eu tenho feito alguns posts acerca das atitudes de um familiar meu (digo agora sem rodeios que é um dos meus primos) mas é que eu sou uma pessoa que não consegue ficar calada quando algo me incomoda e ultimamente as suas atitudes incomodam-me não só a mim como a toda a família.

Nós fazemos parte de uma família chegada, claro que temos as nossas pequenas discussões mas todas as famílias as têm e eu considero isso algo bastante saudável mas resumindo preocupamo-nos uns com os outros, mas o meu primo simplesmente não quer saber de ninguém, falo neste caso dos nossos avós que já estão com 80 anos e infelizmente não vão estar cá muito mais tempo, ele passa meses sem sequer fazer um telefonema para saber como eles estão, ele gosta dos avós mas no fundo simplesmente não quer saber, diz que nunca sabe o que conversar quando está com eles! São coisas que me enfurecem porque são estúpidas, são desculpas que ele dá às pessoas e a ele mesmo e com essas coisas ele só os magoa e não é justo e por mais que uma pessoa o aconselhe a tomar uma atitude certa... ele só a faz durante umas duas semanas depois volta ao mesmo.

Um dia como é óbvio ele vai aperceber-se que devia ter agido de outra maneira mas aí se calhar já é tarde demais porque as pessoas em causa podem já não estar entre nós.

publicado por Susan às 20:44

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